quinta-feira, 7 de julho de 2011

A elegância no comportamento




A elegância no comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento. 

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.   

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.   

É uma elegância desobrigada.   
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. 

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.   Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
 

É possível detectá-la em pessoas pontuais.   
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.   

Oferecer flores é sempre elegante.   É elegante não ficar espaçoso demais.   É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...   

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.   É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.   É elegante retribuir carinho e solidariedade.   É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....  
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.   

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.   É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...   Abrir a porta para alguém? É muito elegante.   Dar o lugar para alguém sentar? É muito elegante.   Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...   Oferecer ajuda? Muito elegante.  
Olhar nos olhos ao conversar? Essencialmente elegante.   

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.   A saída é desenvolver em si mesmo(a) a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".   

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso.  
E, detalhe: não é frescura.

Por: Milene Salles, no face, em post mais do que oportuno da Regina.

 http://avidajj.blogspot.com/

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