Aproveitamento alimentar:
Receita de Geléia de Lobeira Madura
Ingredientes:
1 Kg de polpa de lobeira,
½ Kg de açúcar.
1 limão
Modo de fazer:
retirar casca e sementes dos frutos,
ferver a polpa num pouco de água,
bater a polpa fervida no liquidificador,
adicionar ½ Kg de açúcar para cada quilo de polpa,
colocar algumas cascas e gotas de limão,
ferver novamente
nota:
o ponto de geléia ocorre em 20 a 30 minutos. A geléia é de sabor um pouco azedo.
Deve-se usar somente frutos maduros, pois é alto o teor de tanino nos “de vez” e verdes.
INFORMAÇÕES SOBRE A LOBEIRA OU FRUTA DO LOBO
Família Solanaceae, mesma do tomate e da pimenta malagueta.
A fruta da lobeira é muito apreciada pelos lobos, dai o seu nome.
Espécie amplamente distribuída pelo bioma Cerrado, sendo também encontrada em estados de outras regiões, como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Pará e Amazonas.
Arbusto ou arvoreta de até 5 m de altura, copa arredondada e aberta. Folhas simples, alternas, de consistência firme, densamente recobertas por tricomas (pêlos), margens irregulares, variando de 16-28 cm de comprimento.
Floresce por todo o ano. Suas flores (foto) são hermafroditas, com 05 sépalas cuja porção soldada permanece aderida ao fruto; 05 pétalas lilases com a base soldada umas às outras;
05 estames com grandes e evidentes anteras amarelas, que liberam o pólen por pequenos orifícios em suas extremidades;
o ovário é súpero, dividido em dois compartimentos (lóculos), c
aracterístico da família Solanaceae ( fruto de tomate-cereja, mesma família da lobeira, desenvolvido a partir de ovário com 2 lóculos).
Após a polinização e fecundação, os ovários transformam-se em frutos do tipo baga, globosas com até 20 cm de diâmetro, contendo polpa carnosa, com 300 a 500 sementes.
Sua frutificação é concentrada entre julho e janeiro. Multiplica-se facilmente por sementes, sendo comum encontrar plântulas em fezes de gado e lobo-guará.
Apesar de ser capaz de rebrotar após ser queimada, a lobeira pode ter seus frutos danificados pelo fogo (Foto H), o que pode comprometer sua reprodução.
Seus frutos representam até 50% da dieta alimentar do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), acreditando-se que tenham ação terapêutica contra o verme-gigante-dos-rins, que é muito freqüente e geralmente fatal no lobo.
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