sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Febre maculosa


Febre maculosa



Carrapato, transmissor da febre maculosa

A febre maculosa foi reconhecida pela primeira vez em 1896 no vale do rio Snake, nos Estados Unidos. É uma infecção aguda causada por uma bactéria denominada Ricketsia prowazkii, sendo o homem infectado após a picada de carrapato que possua a bactéria em suas glândulas salivares. O carrapato transmissor principal é o hematófago da espécie Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato estrela, micuim, carrapato do cavalo, rodoleiro ou picaço e é encontrado em bois, cavalos, cães, ratos, capivara, principal reservatório.

A doença é transmitida para homens e animais, sendo por isso uma zoonose. A bactéria que gera a doença é intracelular e não sobrevive muito tempo fora de um hospedeiro. No Brasil, os casos estão principalmente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.

Os sintomas incluem febre, dores nos músculos, cefaleias, calafrios, desânimo, erupções cutâneas, congestão das conjuntivas, petéquias, hemorragias, podendo ocorrer necrose no local de extravasamento de sangue. Agitação psicomotora, tosse, queda da pressão sanguínea, náuseas, vômito, falta de apetite e diarreia também podem ocorrer.

O tratamento é efetuado com antibióticos que deve ser rápido, pois a febre maculosa pode atacar o sistema nervoso central, comprometer órgãos como rins e pulmões, ocasionar a paralisia parcial das pernas, gangrena, levando a óbito.

Para prevenir-se é necessário verificar sempre o corpo a fim de retirar os carrapatos, evitando contrair a doença, pois é necessário pelo menos 4 horas para o carrapato iniciar a transmissão. Controlar as populações de carrapatos, usar roupas fechadas e claras em áreas onde há grande incidência de carrapatos, tomar banho de água quente com bucha vegetal, roçar o pasto, não espremer o carrapato com a unha para evitar contaminação. O diagnóstico é feito por análise do soro sanguíneo e não existe vacina nem mesmo exames de rotina.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.


Por Giorgia Lay-Ang
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Nenhum comentário:

Postar um comentário