quinta-feira, 26 de maio de 2011

SEXO ORAL PEDE PROTEÇÃO REDOBRADA

SEXO  ORAL PEDE PROTEÇÃO REDOBRADA


O PRESERVATIVO FEMININO NAO PROTEGE QUANTO A TRANSMISSAO DE DOENÇAS



Os estudos sobre o sexo oral comprovam que a prática é bem vista pelos 
brasileiros. 
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade do Instituto
 de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 66,8% dos homens e 
63,4% das mulheres admitem realizar a modalidade. Mas será que os 
brasileiros se protegem na hora do sexo oral? "A prática também pode 
transmitir todos os tipos de Doenças Sexualmente Transmissiveis (DST)",
 afirma a ginecologista Rosa Maria Neme. 


De acordo com a especialista, de cada 10 mulheres que são atendidas no 
consultório, 7 confessam que não usam camisinha para fazer sexo oral em seus parceiros. 
Um dado preocupante devido os riscos que o sexo oral sem proteção pode
 trazer ao organismo.

Doenças como herpes, sífilis e gonorreia podem ser facilmente transmitidas 
a partir da prática. "Uma pequena área lesada permite a entrada de um vírus.

E vale lembrar que pequenos machucados na boca são muito comuns", explica o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira.

Até mesmo o HIV, vírus causador da Aids, pode ser transmitido através do sexo 
oral, embora as chances de contaminação sejam menores do que quando 
ocorre a penetração. 

"O pH da boca (neutro e-ou levemente ácido) e o contato somente com a 
superfície do pênis ou da vagina diminuem os riscos de contágio.

Mas, mesmo apesar de pequeno, o perigo existe", diz a ginecologista
 Maria Rosa Neme.

Proteção na mulher 

Os ginecologistas são taxativos ao dizer que a proteção da vagina para a
 prática do sexo oral é totalmente deficiente. 
"No caso das mulheres o problema é maior, porque não existe nenhum amparo específico, como há a camisinha masculina, para a prática do sexo oral", diz a ginecologista Rosa Maria Neme.


Mas existe algum jeito de se proteger? "Mesmo a camisinha feminina não vai proteger, então, a dica é utilizar o papel filme (o mesmo usado na cozinha para embalar alimentos) para cobrir a vagina e não existir o contato direto da boca
 com a pele", diz a especialista.

 "O papel deve fazer a cobertura de toda a região da vagina. 
A boca só pode entrar em contato com o plástico, e não com a vulva", ressalta.

Outra dica da ginecologista é usar a camisinha masculina como escudo.
 "Cortar a camisinha ao meio e colocá-la sob a vulva pode ser uma alternativa.
 O lado positivo é que elas apresentam sabores e até texturas diferenciadas,
 fatores que favorecem a utilização", diz.


Proteção no homem

Os problemas são menores quando o sexo oral é realizado no homem, pois a camisinha apresenta uma proteção bastante eficiente. 
"O preservativo impede que a boca entre em contato direto com o pênis, 
oferecendo a proteção necessária", diz o ginecologista Linderman Alves 
Vieira.

Mas, vale lembrar que a camisinha deve ser usada para todas as variações 
da relação sexual .

"Existem pessoas que só colocam a camisinha no meio da prática do 
sexo oral, hábito que anula a proteção.
 Ela deve ser colocada logo que o sexo passar das preliminares", afirma o especialista.


Os riscos que envolvem o sêmen

O contato do sêmen com a boca pode transmitir doenças como a gonorréia. 
"Se existir alguma lesão na boca, a contaminação das DSTs podem acontecer. 
O contágio pode ocorrer mesmo quando o esperma não é engolido", afirma a ginecologista Rosa Maria Neme. 

Higiene em dia

A falta de higienização das partes íntimas sugere um risco de contaminação ainda maior. 
"Quando o parceiro não apresenta nenhuma contaminação de doenças, como 
herpes ou sífilis, mas não prioriza a higienização, as doenças também podem aparecer. Infecções por fungos e bactérias, que causam corrimentos e coceiras,
 são as principais preocupações", diz Linderman Alves Vieira. 
Sexo oral
Mistura segura e saborosa
Quem procura sexo oral com sabor, deve
 dar atenção para produtos específicos 
para a prática, em geral antialérgicos, que garantem o prazer sem prejuízos.
 Utilizar alimentos como leite condensado, 
chantily, mel, entre outros elementos gastronômicos, pode causar irritações e
 alergias nos órgãos genitais. 

Camisinha de língua 

Há produtos à venda no mercado, conhecidos como camisinha de língua,
 mas o aparato não tem função de proteger, e sim a de funcionar como um 
estímulo para a hora do sexo oral, já que possui textura, sabor e até
 massageador,
 "O produto protege apenas a região da língua, deixando o resto da boca 
vulnerável", explica a ginecologista.
"Toda relação sexual apresenta riscos, o que podemos frisar é que a proteção precisa existir"

Prática consciente

Mesmo com tantas considerações, os especialistas afirmam que a prática do sexo oral não precisa ser
 abolida da rotina. 
"Toda relação sexual apresenta riscos, o que podemos frisar é que a proteção precisa existir. 
O sexo com penetração, por exemplo, apresenta diversos riscos de contaminação, mas se realizado com consciência
 tem os perigos eliminados", afirma Linderman.

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