terça-feira, 21 de junho de 2011

Câncer oral: evite os fatores de risco e previna a doença



Câncer oral: evite os fatores de

 

risco e previna a  doença

Blog de anaguevarameirise :UMA LENDA NA PRINCESA DO SERTÃO..., Câncer oral: evite os fatores de risco e previna a doença
Escrito por Doralina do Amaral Rabello Ramos   
Sex, 04 de Fevereiro de 2011 08:39
Câncer oralO câncer oral é um crescimento 
desordenado de células que se tornaram malignas (tumor ou neoplasia maligna), 
na cavidade oral ou lábios, que pode invadir outros tecidos e órgãos e até se 
espalhar para outras regiões do corpo (metástase). 


O câncer acontece quando uma célula normal do nosso organismo começa a
 se dividir de forma descontrolada e acelerada. 


Esse descontrole geralmente é causado por um acúmulo de mutações no DNA 
da célula (alterações genéticas) que não são reparadas pelos sistemas de 
controle do organismo. 


Assim, diz-se que houve transformação maligna dessa célula. 
O tipo de câncer oral mais comum é o carcinoma de células escamosas.
No Brasil, o câncer oral tornou-se um problema de saúde pública, principalmente 
nas populações com dificuldade de acesso a serviços de saúde. 
Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano há cerca de 14.120 novos casos 
de câncer oral.

Aftas podem se tornar câncer?
Não. As aftas são lesões comuns e suas causas, ainda incertas, parecem 
relacionadas a alterações no sistema de defesa do organismo. 


São úlceras muito dolorosas (já as lesões iniciais do câncer tendem a ser
 indolores), recorrentes e autolimitadas, isto é, cicatrizam espontaneamente
 em poucos dias. 


Se a pessoa acha que tem uma lesão parecida com afta que não cicatriza 
após uns 15 dias, deve procurar um dentista ou médico para fazer o 
diagnóstico da condição.

Quais são os fatores de risco mais comuns
 associados ao câncer  oral?
Primeiramente, fator de risco para o câncer significa uma condição que
 aumenta a chance de uma pessoa desenvolver o câncer.


 Para o câncer oral, o principal fator de risco é o uso do tabaco (cigarro,
 cachimbo, charuto, rapé, fumo de rolo).


No tabaco há cerca de 4.700 substâncias tóxicas e pelo menos 60 dessas 
têm grande potencial de causar câncer.
O álcool também é um fator de risco e o seu uso com o tabaco aumenta 
ainda mais a chance de desenvolver um câncer oral. 


Além disso, deficiências nutricionais e a irritação mecânica crônica da
mucosa (dentes fraturados e restaurações e próteses mal adaptadas) 
atuam como cofatores, favorecendo a ação de outros agressores, como 
o tabaco e o álcool. 


A má higiene da boca é considerada um determinante adicional ao
 risco de câncer.


 Pessoas do sexo masculino e acima de 40 anos de idade têm maior risco 
de desenvolver o câncer de boca e devem ficar atentas, principalmente, 
se forem fumantes e usuários de bebidas alcoólicas.
Pessoas que se expõem muito ao sol podem desenvolver o câncer de lábio. 
Essa doença ocorre mais em pessoas de pele clara, principalmente no 
lábio inferior.

Ao evitar os fatores de risco para o câncer de boca, 
estamos prevenindo essa  doença. Portanto:
frutasdiabetes_copy

Pare de fumar;


bebidavinho

Evite bebidas alcoólicas, e se for beber, 


faça-o de forma moderada;


escovardentes

Faça a higiene da boca diariamente e


 visite seu dentista regularmente;


frutasverduras

Tenha uma dieta saudável, rica
 em vegetais e frutas;


sollll

Evite a exposição excessiva ao sol e

proteja-se, usando protetor solar 


e chapéu de abas largas.



Como é diagnosticado esse câncer? 


É possível confundi-lo com outros tipos de lesões pré-


malignas?
O câncer de boca é diagnosticado, num primeiro momento, pelo exame 
clínico e depois, de forma definitiva, pela biópsia, que é a retirada de
 tecido da lesão para análise microscópica em laboratório 
(exame histopatológico). 


Se necessário pode-se fazer exames complementares de imagem, 
como radiografias e tomografias.


 O ideal é que a própria pessoa fique atenta a alterações que apareçam 
na região da cavidade oral, lábios e garganta. 


Se há alterações, como sinais, assimetrias, feridas, áreas esbranquiçadas
 e/ou avermelhadas e indolores, que não desaparecem nem melhoram em 
cerca de 15 dias, a pessoa deve procurar um serviço de saúde. 


Por outro lado, todo dentista deve, nas consultas de rotina, fazer um 
exame minucioso em todos os pacientes, pois, quanto mais cedo se 
detectar o câncer, maiores serão as chances de cura. 


Mas a maioria dos casos tem sido diagnosticada quando a doença já 
está em fase avançada e a cura se torna muito difícil.
O câncer de boca pode ter diversos aspectos clínicos.
 Por isso, durante o exame da boca, muitas vezes não é possível 
diferenciar uma lesão pré-maligna de uma lesão maligna (câncer), 
sendo importante realizar o diagnóstico diferencial, para descartar 
outras doenças, e a biópsia, para o diagnóstico definitivo.

O HPV tem alguma ligação com esse câncer?
O Papilomavírus Humano (HPV) pode introduzir seu DNA no DNA 
da célula hospedeira. Assim, quando nossa célula se multiplica, o
 DNA do vírus também se multiplica.


 Isso pode produzir tumores benignos, como papilomas e verrugas, 
mas em alguns casos pode haver produção de tumores malignos. 


A relação HPV-câncer de colo do útero já é mais conhecida e sabe-se 
que há tipos de HPV de alto risco para o desenvolvimento de
 câncer nessa região. 




Mas para o câncer de boca, apesar de numerosas pesquisas em todo 
o mundo e de alguns casos apresentarem o HPV, essa ligação de
 causa-efeito ainda não está bem esclarecida.

Como é feito o tratamento?
Depois de feito o diagnóstico definitivo, geralmente pela biópsia, 
o paciente é encaminhado para um serviço especializado 
em tratamento de câncer. 




A equipe médica decidirá qual o tratamento mais indicado para cada 
caso, que pode incluir cirurgia (remoção cirúrgica do tumor), 
quimioterapia (uso de compostos químicos para destruir células
 tumorais) e radioterapia (uso de radiação ionizante para 
destruir células tumorais).


 A escolha do tratamento dependerá do tamanho e das características 
da lesão e do estágio da doença. 


Em muitos casos, faz-se a combinação desses tipos de tratamento. 


Quanto mais cedo o tratamento for feito, maiores as chances de cura.

Referências
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde, Brasil. Falando Sobre Câncer da Boca. Rio de Janeiro, 2002. 52 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/falando_sobre_cancer_boca.pdf.
COORDENAÇÃO DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA DE CÂNCER, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde, Brasil. Estimativas 2010: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2009. 94 p. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/estimativa20091201.pdf.
CARVALHO, C. Cresce incidência de câncer de boca no Brasil. Rev. Bras. Odontol. São Paulo, v.60, n.1, p.36-9, jan./fev. 2003.
SILVERMAN, S. Oral Cancer, American Cancer Society. 5. ed. BC: Decker Inc., 2003. 212 p.
FRANCO, E.L. et al. Risk factors for oral cancer in Brazil: a case control study. Int. J. Cancer. New York, v.43, n.6, p.992-1000, June 1989.

Doralina do Amaral Rabello Ramos é Doutora em Ciências Odontológicas/Patologia Molecular pela Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário