sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012




Andropausa

   1.  Do nascimento à puberdade, as taxas de testosterona, o hormônio sexual masculino por excelência, crescem lentamente
   
2. Na puberdade, os níveis sobem vertiginosamente. Pêlos crescem, a voz engrossa e os órgãos sexuais se desenvolvem e se tornam aptos para a reprodução

3. Ao redor dos 20 anos, a produção de testosterona atinge o máximo. O desejo sexual manifesta-se mais intensamente. Ao longo de trinta anos, as taxas se mantém estabilizadas - lá no alto

4. Aos 50 anos há uma discreta baixa no produção hormonal. Na andropausa, essa queda é acentuada. Alguns homens sofrem falta de libido, distúrbios eréteis, irritação, insônia, depressão, entre outros problemas

Tanto o termo Andropausa quanto CLIMATÉRIO MASCULINO, podem ser ambos clinicamente inadequados. Na menopausa, de onde se faz a analogia com Andropausa, ocorre invariavelmente a falência dos ovários e o fim do ciclo reprodutivo da mulher.

No homem, com o avançar da idade, diminui a produção de vários hormônios, principalmente dos chamados esteróides sexuais.
O que realmente existe é uma síndrome caracterizada por deficiência.

Mas, como o termo já adquiriu status de verdade creio podermos usá-lo sem maiores prejuízos da ciência.

No homem, a chegada do envelhecimento físico pode vir junto com a falta desejo sexual, esta última muito ligada ao fator psicológico e, em alguns casos, à diminuição da produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.

Essa fase pode ser chamada de Andropausa.

A Andropausa não é igual para todos os homens, mas todos experimentam alguma diferença no modo de sentir a vida a medida em que a velhice vai chegando. 

Embora a idade seja a causa da Andropausa, os homens mais emotivos, menos autoconfiantes e seguros de si estão mais predispostos aos efeitos da apatia.

A produção do hormônio testosterona costuma diminuir, de forma discreta, quando os homens ultrapassam os 50 anos. Isso é fisiológico e natural. 

Depois dos 40 anos, a testosterona começa a diminuir cerca de 1% ao ano, entretanto, quando essa queda é mais acentuada, o fenômeno leva o nome de Andropausa e alguns homens podem apresentar problemas.

Portanto, a Andropausa seria o resultado das disfunções sexuais e os problemas físicos provocados pela diminuição do nível de testosterona que atinge homens com mais de 50 anos.

O "climatério masculino", ou Andropausa, foi descrito pela primeira vez em 1939, onde se caracterizou como o declínio da testosterona plasmática em homens acima de 50 anos.

 A partir dos anos sessenta, inúmeros trabalhos científicos confirmaram estas descobertas e identificaram uma redução da perfusão sanguínea (fluxo) nos testículos, com redução significativa da síntese de testosterona.

A Andropausa é a versão masculina da menopausa na mulher e, neste período do envelhecimento, o homem é marcado por mudanças fisiológicas e psicológicas.

 Mas, por maior que seja a queda da testosterona no homem, ela não se compara queda dos hormônios femininos na mulher na menopausa. 

No homem os sintomas se instalam lenta e progressivamente, diferentemente da menopausa na mulher.

Nessa fase, em 15% dos casos surgem sintomas como perda de interesse sexual, problemas de ereção, falta de concentração, queda de pêlos, aumento de peso, irritabilidade e insônia, entre outros.

 O medo de enfrentar desafios, seja na vida particular ou profissional, é um dos sintomas mais comum.

Quando é a insônia que mais importuna o paciente, deve ser tratada, quando são os distúrbios de ereção, é isso que deve receber tratamento, ou a depressão, o ganho de peso e assim por diante.

Os hormônios masculinos são produzidos, na sua maior parte, nos testículos e pequena porção nas glândulas supra-renais.

 A regulação da produção desses hormônios depende da integridade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, um sistema que integra o hipotálamo no cérebro, a glândula hipófise, também no cérebro e as gônadas.

A testosterona é o mais importante hormônio masculino e o homem adulto produz aproximadamente 7mg de testosterona todos os dias.

No exame de sangue essa produção é constatada normal quando o nível de testosterona está entre 300 e 1.000 ng/dL (nanograma por decilitro).

Entre o período da manhã e noturno existem variações na produção de testosterona, sendo à noite os menores níveis.

A produção de testosterona pode ainda ser alterada por várias condições clínicas, tais como uso de alguns medicamentos, obesidade, doenças hepáticas, doenças renais e doenças de algumas glândulas, principalmente da tireóide, diabetes, por doenças coronarianas, depressão e até pelo tabagismo (Referência)

A testosterona facilita e promove o crescimento e a virilização do homem, estando associada às mudanças na composição corporal, como a distribuição de pêlos na face, tórax e na região púbica, aumento da massa muscular e funções sexuais. .

Existem grandes variações individuais na produção hormonal e variações com a idade. 

No sangue, a testosterona está circulando geralmente ligada às proteínas (globulinas).

Na adolescência a testosterona é responsável pelas características sexuais, como o desenvolvimento do órgão genital, o aumento dos pelos, as mudanças da voz e o aumento da massa muscular. 

Com a diminuição ou falta da testosterona surgem os sintomas da Andropausa (abaixo).

Em torno dos 55 anos, às vezes até mesmo antes, começa a perda de libido e o interesse sexual diminui ou desaparece.

 Apesar do homem ainda ter ereção peniana sua vontade de sexo está prejudicada.

 Mais tarde surge também a dificuldade em ter ou manter a ereção, juntamente com alterações de humor, irritabilidade, sintomas depressivos e alterações da memória, entre outros.

Tal como acontece nas mulheres, por volta dos 35-40 anos o homem também passa a ter maior propensão para engordar e, com a Andropausa, essa tendência se agrava.

Mas o aumento de peso na Andropausa se deve ao aumento da gordura corporal, havendo simultaneamente uma maior perda de massa muscular.

 Essa perda muscular se agrava ainda mais pela falta de atividade física.

Além da diminuição do desejo sexual também sofre diminuição a disposição mental e disposição para o trabalho.

O déficit de Testosterona no cérebro leva também a constantes episódios depressivos, dando a sensação de que a vitalidade se reduz a cada dia que passa.

SINTOMAS DA ANDROPAUSA

Aumento da proporção de gordura corporal
Diminuição da massa muscular
Tendência à anemia
Tendência à osteoporose
Perda de interesse sexual
Dificuldade de ereção
Dificuldade de concentração
Problemas de memória
Apatia e depressão
Queda de pêlos
Aumento de peso
Irritabilidade
Insônia

A influência da Testosterona se faz sentir uma muitos 
órgãos e funções do organismo. Vejamos algumas delas:

Próstata

Estudos epidemiológicos têm relacionado os andrógenos (principalmente a testosterona) com o desenvolvimento do câncer da próstata.

 Alguns desses estudos constatam que jovens negros do sexo masculino têm níveis séricos de testosterona maiores do que os jovens de raça branca. 

As diferenças raciais detectadas entre esses grupos de homens americanos em relação ao metabolismo da testosterona, paralelamente às diferenças raciais detectadas quanto à mortalidade e maior incidência de câncer da próstata, sugerem, que ao menos uma parte dessas diferenças se deva à magnitude da testosterona endógena.

Os andrógenos (principalmente a testosterona) promovem o desenvolvimento e o crescimento prostático através dos níveis hormonais crescentes durante a puberdade.

Sabe-se que os andrógenos estão envolvidos no desenvolvimento dos tumores prostáticos benignos (hipertrofia prostática benigna), sendo também constatado, estatisticamente em autópsias, que há correlação positiva entre o volume prostático e a idade.

Por outro lado, a privação de andrógenos causa a morte de células tumorais na maioria dos tumores da próstata, principalmente dos tumores derivados do epitélio glandular e que crescem por estimulação da testosterona.

Também existem fortes evidências de que os andrógenos estimulam o crescimento de câncer pré-existente da próstata, mas é fato desconhecido e inconsistente se a concentração da testosterona no tecido prostático inicia realmente o desenvolvimento do câncer da próstata.

Também já se sabe que níveis aumentados de andrógenos não aumentam o PSA, que é a enzima que aumenta quando existe câncer de próstata.

A literatura evidencia o desenvolvimento do câncer da próstata em atletas e pessoas que estão realizando fisiocultura corporal (aumento da massa muscular) após a utilização de esteróides anabolizantes.

Mas, como se não bastasse essa confusão, também se sabe que muitos homens com testosterona baixa, PSA normal e toque prostático normal, podem ser portadores de câncer oculto e latente da próstata, o qual poderá se desenvolver com o uso abusivo e sem orientação médica de testosterona.

Os níveis de andrógenos podem influenciar no desejo e na fantasia sexual durante o desenvolvimento e a vida adulta. Libido, humor e funções do conhecimento e da percepção (fatores cognitivos)

Comportamento

Estudos demonstram que a testosterona exerce uma significativa influência na libido e da função sexual. 

Em homens com deficiências de testosterona demonstradas laboratorialmente, a reposição da mesma tem aumentado a ousadia, o interesse e a melhoria do comportamento e do desempenho sexual.

Por outro lado, a correlação entre os níveis de testosterona e o comportamento agressivo permanece controvertida com as informações atuais da literatura.

 Mas, os pacientes com distúrbios psiquiátricos e deficiência de andrógenos, quando os mesmos são administrados (reposição), apresentam de melhoria da disposição, performance energética, melhoria da memória, da auto-imagem corporal e do bem estar social.

Desempenho sexual

Ainda há muita controvérsia sobre a ação hormonal no desempenho erétil.

 Homens castrados ou hipofunção das gônadas apresentam grandes períodos de desinteresse, queda da libido e impossibilidade de apresentar uma ereção peniana normal.

Vários estudos demonstram que os andrógenos não são absolutamente essenciais para o desempenho sexual e função erétil.

 Isto está evidenciado em homens com baixos níveis de testosterona e bom desempenho sexual e erétil.

Entretanto, homens com baixos níveis de testosterona plasmática e baixa performance sexual podem melhorar a função e o desempenho quando são tratados com terapia de reposição hormonal.
A maioria dos homens normais apresenta ereção peniana noturna.

 Isso acontece numa freqüência de três a cinco ereções no período noturno, com duração de 25 a 35 minutos cada uma.

 Em pessoas com decréscimo da ereção peniana noturna, estudos monitorados têm evidenciado uma significante melhora dessa função erétil durante as terapias com a reposição hormonal.

Estudos e investigações recentes têm demonstrado que a ereção peniana noturna e a estimulação visual erótica são testosterona dependente, melhorando com esse hormônio a habilidade de iniciar as ereções, a rigidez e a duração.

Reprodução

Os andrógenos estimulam a diferenciação pré-natal e o desenvolvimento puberal dos testículos, epidídimo, órgão genital, vesícula seminal e próstata.

A testosterona é um fator regulador do crescimento e desenvolvimento das células testiculares, interferindo no fluxo sanguíneo e na produção do fluido seminal.

A espermatogênese (produção de espermatozóides), é dependente dos níveis testiculares de testosterona.

 Entretanto, a terapia com altas doses de testosterona pode inibir, na hipófise, fatores de liberações da gonodotrofina endógena e causar, nas gônadas, diminuição do número ou mesmo ausência de espermatozóides.

Reposição Hormonal Masculina

Os estudos sobre o Tratamento de Reposição Hormonal para a mulheres menopáusicas ou pré-menopáusicas tem sido estudado há mais tempo que seu correspondente masculino. 

Esse privilégio deveu-se, sobretudo, a forma clássica e abrupta com que os sintomas da menopausa se apresentam.

Na falta de hormônios, a mulher pára de menstruar, começa o ressecamento da pele e das mucosas, o cabelo fica sem vida e, muitas vezes com aumento da queda, há mudanças repentinas de humor, depressão, ondas de calor, obesidade, flacidez na pele e músculos, passa a ter dificuldade nas relações sexuais devido ao ressecamento da genitália, enfim, uma série de sintomas e sinais clínicos que vão surgindo muito visivelmente.

Essas alterações, que na mulher culmina com a Menopausa, a qual pode ter início por volta dos 45 anos de idade.

 Já   no homem, a Andropausa apresenta sintomas mais vagos e variados, desde a perda do tônus muscular, sintomas depressivos e desinteresse sexual.

Esses sintomas ocorrem mais tardiamente, em relação às mulheres. Ela começa a surgir por volta dos 50-55 anos.

Felizmente, com os avanços da Medicina e a descoberta da Terapia de Reposição Hormonal Masculina é, ao menos, possível retardar essa evolução incômoda.

A Andropausa, ao contrário da Menopausa, não traz o fim da fertilidade para o homem, apenas uma redução dela devido à menor produção de espermatozóides, mas também tem sintomas incômodos, apesar de mais sutis que os da mulher.

Tanto para os homens que ainda já apresentam os sintomas quanto para aqueles que desejam fazer a prevenção da Andropausa, existe a Terapia de Reposição Hormonal Masculina. Esta tem sido mais segura com a forma de aplicação transdérmica, através de gel, cremes ou adesivos cutâneos (Referência).

Além da a Terapia de Reposição Hormonal é necessário fazer uma suplementação de vitaminas, sais minerais e oligoelementos, para melhorar a atividade mental, de antioxidantes e aminoácidos que ajudarão a liberar neurotransmissores cerebrais, melhorando o interesse sexual e o prazer em geral pela vida.

Através da Terapia de Reposição Hormonal Masculina os níveis hormonais podem ser restabelecidos, melhorando a irritabilidade, a depressão e proporcionando a vontade de ser novamente produtivo.

O homem que faz o tratamento volta a ter mais energia, força física e mental e vida sexual mais satisfatória.

Tanto para a mulher como para o homem, a Terapia Ortomolecular tem que ser valorizada, individualizada e só deve ser prescrita por Médico Especialista.

Este, avaliar o estado psicoemocional do paciente e fazer um estudo pormenorizado de exames laboratoriais, incluindo exames ortomoleculares (Referência).

As contra indicações para Terapia Hormonal Masculina seriam a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama, níveis de testosterona normais e insuficiência hepática.

A Polêmica dos Hormônios

A reposição hormonal masculina e a abordagem da Andropausa tem sido um tema polêmico e controverso nos últimos anos.

 Vários parâmetros têm sido analisados para definir a necessidade de reposição hormonal e os reais benefícios da terapia.

A tendência em melhorar as condições de vida do idoso, o apelo social para atividade sexual e o interesse em realizar a reposição hormonal têm contribuído muito para melhor entendimento do sistema endócrino e da inteiração fisiológica dos sistemas hormonais do homem.

O interesse pelas terapêuticas do homem idoso com alterações da libido, portador de disfunção erétil, alterações da massa óssea e muscular, alterações da memória e funções cognitivas (conhecimento e percepção) estão revolucionando a pesquisa, a discussão e o entendimento da Andropausa.

A reposição hormonal estimula a produção de hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) mas, por outro lado, aumenta a agregação plaquetária, facilitando a formação de coágulos.

Os andrógenos costumam exercer importante ação nas gorduras das pessoas.

Assim, após a puberdade eles provocam o decréscimo do colesterol HDL, que é a fração boa do colesterol e, ao mesmo tempo, aumentam triglicérides e colesterol LDL, que é a fração ruim.

É por isso que alguns investigadores têm referido que a supressão de testosterona aumenta a concentração de HDL, melhorando assim o perfil das gorduras, já que o DHL é a fração boa.

Todo paciente com suspeitas de alterações hormonais e interessados na administração de reposições deverá ser rigorosamente investigados por clínicos, endocrinologistas e urologistas.

Segundo Gilvan Neiva Fonseca, pacientes com perda da libido, persistente disfunção erétil, queda no desempenho físico e intelectual deverão se submeter a uma completa análise urológica, pois apenas 1 a 2% da disfunção erétil é atribuída a problemas hormonais.

A reposição hormonal está corretamente indicada para homens com hipogonadismo (baixa função hormonal testicular) ou com evidências clínicas e laboratoriais de alterações hormonais.

 Esses pacientes devem ser amplamente esclarecidos sobre os riscos e benefícios da terapia, para uma melhor qualidade de vida (Idem).

Fonte: gballone.sites.uol.com.br




Andropausa

Menopausa Vs andropausa Manifestações iniciais da velhice
Ambas originadas pelo défice hormonal, a menopausa e a andropausa são manifestações no feminino e no masculino de um período específico da vida pertencente ao processo de envelhecimento.

Marcadas por mudanças fisiológicas, variam de indivíduo para indivíduo e, sobretudo, consoante o sexo.
Salvo raras excepções, a expressão as senhoras primeiro ganha evidência quando se compara a menopausa com a andropausa. 

De facto, é nas mulheres que se manifestam os primeiros sintomas do envelhecimento, geralmente aos 50 anos, mas pode ser precoce (40 anos) ou tardia (55 anos).

 No que diz respeito aos homens, tal sintomatologia pode surgir antes dos 40 anos, mas é mais frequente a partir dos 60.

Contudo, quer nos homens quer nas mulheres, ocorrem inúmeras alterações físicas, sexuais, afectivas e cognitivas. 

As manifestações são, porém, mais evidentes nas mulheres.

A menopausa é uma etapa bem-definida da vida, nomeadamente, com a cessação da menstruação, que está associada à infertilidade. 

É também caracterizada por várias alterações, condicionadas pela diminuição de estrogénios, avança o Dr. Carlos Santos, urologista, continuando:

O défice destas hormonas sexuais femininas interfere com muitos aspectos fisiológicos. A nível urológico, por exemplo, dá-se uma diminuição da lubrificação das paredes vaginais, podendo causar o vaginismo, outras alterações a nível de disfunção sexual feminina ou a incontinência urinária.


Ao contrário, a andropausa, que é também designada como menopausa masculina, é menos evidente, ou seja, não há uma etapa bem definida em termos de cessação de funções. 

Por exemplo, a fertilidade mantém-se nos homens. 

Além disso, sintomas como os afrontamentos ou a sudação nocturna não importunam tanto o sexo masculino, nem são tão evidentes como no sexo feminino.

O homem sofre uma série de alterações proporcionadas pela diminuição dos androgénios, em particular a testosterona que, por sua vez, pode originar disfunção eréctil, diminuição do volume testi­cular, alterações do orgasmo ou ejaculação fraca. 

Esta fase pode ser definida como a síndrome produzida pela diminuição progressiva dos androgénios, diz o urologista, comentando que andropausa não é o termo cientificamente correcto.

E explica a razão: Andropausa é, para muitos autores, uma terminologia controversa, sendo utilizada a expressão inglesa "PADAM", que significa "deficiência parcial androgénica do homem idoso". 

Para mim não faz muito sentido chamar de andropausa a uma fase do homem que é diferente da que ocorre na mulher. 

Além disso, em termos científicos, PADAM traduz, de forma mais precisa, a etapa masculina da segunda metade da vida, pois define uma diminuição dos androgénios. 

Usa-se andropausa porque é simples e associa-se à menopausa masculina.

Desejo sexual diminuído

A cessação da menstruação provocada pela falência da função dos ovários é um aspecto com consequências objectivas.

 O mesmo não se poderá dizer do défice de testosterona. 

Contudo, a diminuição do desejo sexual, além de ser objectiva, é comum em ambos os sexos.

A menopausa e a andropausa não devem ser encaradas como doenças, mas sim como fases em que ocorrem sintomas específicos.

 Daí a existência de terapêuticas que ajudam os indivíduos a ultrapassar esse período com uma melhor qualidade de vida.
 A sexualidade é uma das áreas em que actuam.

A terapêutica para a diminuição do desejo sexual passa pela reposição do défice hormonal. 

Assim como para a mulher existem as terapêuticas hormonais de substituição, que repõem os níveis hormonais de estrogénios, para o homem o tratamento mais actual que repõe os níveis de androgénios é feito com testosterona em gel, indica Carlos Santos.

Tal como acontece com a THS, para as mulheres, o gel responsável pelo aumento da libido masculina também contribui para a diminuição dos afrontamentos, dos suores e da ansiedade. 

A aplicação é feita, uma vez por dia, em zonas corporais de fácil acesso, normalmente no ombro ou na barriga.

O uso da testosterona em gel obriga a uma vigilância médica, porque é apenas indicado para os homens que têm uma deficiência de testosterona. 

Outras alterações que possam ocorrer, como a disfunção eréctil, são tratadas com fármacos diferentes, menciona o urologista, advertindo que algumas patologias podem ser agravadas pelo uso da testosterona em gel, nomeadamente o carcinoma da próstata.


E conclui: É preciso ter noção de que, quer na menopausa, quer na andropausa, não há apenas uma diminuição de estrogénios e de androgénios. 

Trata--se de um processo de envelhecimento normal, fisiológico, que está associado a alterações multiormonais e a deficiências hormonais, como a hormona do crescimento.

Fonte: www.medicosdeportugal.iol.pt




A ANDROPAUSA E A TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL


http://www.masculin.com.br/
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Todos os homens produzem testosterona que é o hormônio sexual masculino mais importante.

 A testosterona atua em vários setores do organismo, sendo responsável pela manutenção de músculos, ossos, gorduras, espermatogênese, etc e a manutenção de comportamentos como libido, agressividade e emoções.

 Aproximadamente 20% dos homens com mais de 50 anos de idade têm nível baixo deste hormônio. 

A testosterona faz com que se formem os testículos, a próstata, o pênis e as vesículas seminais durante a fase embrionária, na presença do cromossomo Y. 
Durante a infância a testosterona quase não atua, porém com a puberdade começa a sua produção em quantidade cada vez maior. 

A testosterona é responsável pelo tom grave da voz dos homens, pelo alongamento e engrossamento dos ossos, pela hipertrofia e força dos músculos, pela produção de esperma, pelo crescimento da genitália, engrossamento e oleosidade da pele, pela barba e distribuição dos pêlos no corpo. 

Além das características físicas dá aos homens um comportamento mais "agressivo" típico dos machos e mantém
 a sua libido. 

Após os 40 anos de idade, é normal haver um declínio lento e gradual na produção de testosterona. 
Estima-se a queda de 1% ao ano. 

Essa queda de testosterona quando acompanhada de desconforto produz um quadro clínico de desinteresse geral, perda do desejo sexual, impotência, fraqueza, tristeza, insônia, mau-humor que se confundem com o processo natural de envelhecimento, mas que na verdade é aquilo que chamamos 
de andropausa.

Nas mulheres é fácil perceber o fim dos ciclos menstruais acompanhados de alterações hormonais, período conhecido 
por menopausa. 

Nos homens não existe este fim claramente delimitado, ocorrendo uma diminuição lenta, sutil e gradual das 
alterações hormonais.

A Testosterona

A testosterona é produzida quase toda nos testículos numa quantidade de 5 a 7 mg por dia.



 É sintetizada a partir do colesterol e secretada pelos testículos em resposta ao hormônio luteinizante (LH) que é liberado pela adeno-hipófise juntamente com o hormônio folículo-estimulante (FSH) e a prolactina. 


Os hormônios hipofisários dependem de uma ordem do hipotálamo através do hormônio GnRH para serem produzidos. 


Além de ser produzida nos testículos pelas células de Leydig, a testosterona atua nas células de Sertoli (também dos testículos) para a produção de espermatozóides. 


Uma pequena quantidade de testosterona é produzida pela córtex das glândulas supra-renais. 


Considera-se normal quando o nível de testosterona dosado no sangue fica entre 300 e 1050 ng/dl.


 Os níveis de testosterona estão sempre variando para mais ou para menos dependendo da hora do dia ou da noite. 


Por isso, uma dosagem baixa deve ser confirmada por outro exame feito em outra hora de outro dia. 


A testosterona que atua no nosso corpo é a que está sob a forma livre; a maior parte da testosterona está ligada a proteínas e aparentemente não atuam. 


É natural que com a idade ocorra uma diminuição progressiva da testosterona, mas isso não significa obrigatoriamente uma doença.


 Existem homens com testosterona normal com queixas semelhantes a andropausa, da mesma forma que existem homens com testosterona baixa sem queixas. 


A testosterona ajuda a diminuir o nível do colesterol ruim (LHL) e a aumentar o nível do colesterol bom (HDL).

A Andropausa no corpo, no psiquismo e na sexualidade do homem:

A deficiência de testosterona pode ser devido a problemas dos testículos como diminuição da circulação arterial, diminuição das células de Leydig, ou por alterações do mecanismo de controle hormonal do organismo. 


As manifestações mais comuns da andropausa são:

diminuição da massa muscular,
 aumento da gordura abdominal, 
diminuição da densidade óssea (osteoporose), 
diminuição do interesse por sexo, 
piora da qualidade e da freqüência das ereções, 
diminuição da massa muscular, 
diminuição da força física, 
mudança do perfil lipídico no sangue, 
queda na sensação de bem-estar, 
cansaço, 
fraqueza,
 desinteresse intelectual, 
depressão, 
insônia e mau-humor.

A testosterona não participa do mecanismo erétil, apenas melhora as condições do homem, fazendo com que ele
 se sinta mais capaz de ter relações sexuais.

 Mesmo homens sadios, com testosterona em nível normal,
 têm declínio da função sexual.
 Homens idosos têm diminuição da tumescência peniana noturna e da sensibilidade peniana.

Somente 3 a 4 % das causas de disfunção erétil ocorrem 
devido a alterações hormonais. 
Outras causas importantes devem ser obrigatoriamente avaliadas nestes pacientes com disfunção erétil como:


 diabetes,
 hipertensão arterial, 
problemas cardiológicos,
 neurológicos,
 vasculares, 
urológicos, 
fumo, 
álcool, 
aumento do colesterol, 
alimentação inadequada,
 uso de medicamentos relacionados, 
cirurgias realizadas, 
falta de afetividade com a parceira, etc.

Quando indicar a Terapia de Reposição Hormonal?

Somente quando as queixas clínicas forem compatíveis com
 o exame físico e os achados laboratoriais. 

Nem todos os homens se enquadram nestas condições. 
É necessário que as dosagens hormonais comprovem
 o quadro clinico do paciente. 

Recentemente foi introduzido o questionário de Moley 
(Moley´s questionnarie ou ADAM - Androgen Deficiency
 in Aging Males questionnarie) que é o único conhecido 
e válido para investigar a andropausa.

1-   Você tem diminuição da libido?
2-   Você tem perda de energia?
3-   Você tem perda do vigor e/ou da paciência?
4-   Você perdeu altura, ficou mais baixo?
5-   Você notou alguma perda do "prazer pela vida"?
6-   Você tem estado abatido e/ou irritável?
7-   Suas ereções estão menos firmes?
8-   Você notou alguma recente queda na sua habilidade esportiva?
9-   Você tem ficado com sono facilmente após o jantar?
10-  Sua capacidade para o trabalho decaiu?

Se você respondeu "sim" de 1 até 7, ou "sim" a 3 ou mais questões, discuta o resultado com o seu médico.

Tipos de tratamento:

O tratamento deve reproduzir as oscilações normais da testosterona e dos seus metabolitos, devendo também ser bem tolerada, barata e confortável para o paciente.

-  Tratamento oral com acetato de ciproterona, de testosterona ou mesterolona tem rápida absorção, é metabolizada no fígado (hepatotóxico), mas não permite as oscilações naturais da testosterona, é indicado por poucas semanas. 
Tem efeito por 3 a 10 horas.
 O undecanoato não é hepatotóxico e exige 2 comprimidos 2 vezes por dia.

-  Tratamento injetável com injeções intramusculares a cada 2 ou 3 semanas de cipionato, decanoato, isocaproato, propionato ou enantato de testosterona, com picos suprafisiologicos.

 -  Tratamentos por gel ou adesivos cutâneos têm bons resultados, porém são caros e provocam dermatites com freqüência.

Outros medicamentos estão sendo desenvolvidos como o Nebido do laboratório Schering, undecanoato de testosterona injetável de aplicação intramuscular a cada 3 meses.

Quais os cuidados que devemos ter ao indicar a Terapia de Reposição Hormonal?

O controle médico deve ser feito a cada 3 meses no primeiro ano, com visitas semestrais a partir daí. 

Devemos afastar a existência de um câncer de próstata 
oculto, câncer de mama, problemas no fígado
 (a testosterona é metabolizada no fígado), doenças
 cardíacas e alterações 
do perfil lipídico. 

Lembrar que a reposição hormonal não causa câncer de próstata, mas pode estimular o desenvolvimento de um 
câncer já existente.

 Deve ficar claro para os pacientes que tão importante 
quanto a reposição hormonal e seus cuidados, deve ser a mudança de hábitos de vida com especial atenção para:


 a alimentação saudável, 
prática de exercícios físicos, 
abolir
 fumo, álcool, 
sal e alimentos gordurosos, 
fazer uso de suplementos de vitaminas, minerais e anti-oxidantes,
 ter uma boa relação afetiva e pessoal com a parceira, 
de preferência fazendo  juntos uma atividade a dois como caminhadas ou a dança de salão.

Qualquer médico pode tratar?

Teoricamente sim, porém fazer a reposição hormonal exige atenção e cuidados especiais. 

A consulta deve ser feita devagar, com calma, de preferência por uma equipe que inclua um urologista, um clínico cardiologista e um psicólogo. 

Diversos aspectos devem ser avaliados e depois acompanhados periodicamente como as condições urológicas, cardiológicas, clinicas e psicológicas destes pacientes. 

Muitas vezes se faz necessária a presença da parceira em algumas consultas. 

O exame urológico inclui uma avaliação e correção da função erétil, da próstata e a solicitação dos exames laboratoriais correspondentes a cada caso.

 A avaliação clinica e cardiológica deve incluir um exame clinico completo além de um exame cardiológico com eletrocardiograma.

Conclusão

Os avanços da medicina tanto na prevenção das doenças, 
como nos modernos tratamentos clínicos e cirúrgicos, 
fazem aumentar a perspectiva de vida dos homens.

 Percebendo que são capazes de viver cada vez mais, 
os homens querem viver também cada vez melhor. 

A andropausa é uma condição clinica freqüente, mas
 ainda controversa e pouco conhecida.

 Não existe uma forma totalmente segura e eficaz de ser 
medida e tratada.

 A andropausa é um problema que envolve tanto os aspectos físicos objetivos (distribuição de gorduras, dosagem de hormônios, lípides, osteoporose) como subjetivos
 (bem-estar, força, disposição); alem de aspectos emocionais (libido, 
insônia, humor), todos subjetivos.

 Além disso há varias outras condições clinicas e patológicas que podem ou não estar associadas.

 A andropausa merece uma abordagem multidisciplinar 
por envolver vários aspectos clínicos que atuam em
 conjunto.

 Através de uma boa relação medico-paciente, e do uso criterioso dos medicamentosos, podemos melhorar de
 forma importante a qualidade de vida na chamada
 terceira idade.

 Entendemos que mais importante do que acrescentar 
anos à vida, é acrescentar vida aos anos. 

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