terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DIABETES DIABETES DIABETES




 DIABETES - COMPLICAÇÕES CRÔNICAS, EXAMES, PREVENÇÃO E TRATAMENTO, SINTOMAS DE DIABETES, TIPOS DE DIABETES




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Saiba sobre os tipos de diabetes, sinais e sintomas,
 medicamentos, atividades físicas, os principais 
cuidados para evitar as complicações, etc.

COMPLICAÇÕES CRÔNICAS
Nefropatia Diabética

Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total. Contudo, esse quadro é controlável e existem exames para detectar o problema ainda no inicio.

Características Gerais

Os rins são órgãos muito sensíveis ao mau trato do nosso organismo. Funcionam como filtros no corpo humano com a importante função de eliminar, pela urina, as substâncias provenientes do metabolismo, que já não têm utilidade para as atividades orgânicas. Ao mesmo tempo, precisam manter outras substâncias que não devem ser descartadas, como as proteínas.

A Nefropatia Diabética pode afetar o bom funcionamento dos rins, fazendo com que eles percam a capacidade de filtrar adequadamente essas substâncias. Uma das proteínas que circulam no sangue é a albumina, que possui alto valor biológico e fornece todos os aminoácidos essenciais para facilitar a recuperação do organismo.

Na fase inicial da Nefropatia Diabética, aparecem pequenas quantidades dessa proteína na urina (detectada através do exame de microalbuminúria). É comum que nesse estágio ocorra, também, o aumento da pressão arterial (hipertensão). Esta situação pode levar à insuficiência renal avançada.

No diabetes tipo 1, a insuficiência renal progressiva ocorre em cerca de 50% dos pacientes. No tipo 2, observa-se um crescente número dessa complicação, traduzindo o controle muito aquém do desejado.

Tratamento
Na maior parte das pessoas com o diabetes, o bom controle das taxas de glicemia previne a Nefropatia. Mesmo naqueles que já apresentam microalbuminúria na urina, o diabetes bem controlado evita a piora do quadro.

Por isso, o tratamento adequado do diabetes e o controle da pressão arterial são considerados fundamentais para evitar esta complicação, podendo, em alguns casos, até regredir o processo. È recomendável, também, o controle do colesterol, parar de fumar, ter uma dieta mais balanceada e até mesmo o uso de algumas medicações (sempre receitadas por um especialista).

Caso já exista perda importante da função renal (insuficiência renal avançada), entrará em ação a diálise ou transplante.

Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Infeces

A presença excessiva de glicose pode causar danos a muitas funções inerentes ao sangue, incluindo as tarefas do sistema imunológico. O que aumenta o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate ao vírus, bactérias, etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia.

Para piorar a situação, o alto índice de açúcar no sangue é terreno ideal para alguns invasores (fungos, bacterias, etc.). O que acaba promovendo a fácil proliferação desses patogênicos. Assim, áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pês, genitais e local de incisão pós cirurgia estão totalmente sujeitos a este risco. Ferimentos em geral podem se tornar verdadeiras portas de entrada.

Prevenção e Tratamento

O importante é manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas. Contudo, alguns casos merecem destaque. Vamos a eles:

Podemos dizer que as bactérias “adoram fazer festa” entre a gengiva e os dentes. Neste caso, é preciso ser um bom vigilante quanto à higiene bucal diária, com a utilização de fio dental. É importante, também, como bom cidadão prevenido, fazer uma limpeza com o dentista a cada seis meses.

Em caso de desleixo, as bactérias podem se instalar e, consequentemente, atuarão destruindo o osso onde o dente está implantado, levando inflamação às gengivas. Neste estado, elas se separam dos dentes e do osso mandibular. O que só faz a situação piorar ainda mais, multiplicando as bactérias não vão criado. Chegando a esta situação, o dentista terá que raspar a placa dentária e retirar o tecido em torno da raiz do dente. O que, às vezes, requer cirurgia.

As mulheres devem tomar cuidado, também, em relação às infecções vaginais como a candida albicans (candidíase), que prospera em ambiente úmido, nutrindo-se de muita glicose. A candidíase é desagradável. Caracteriza-se por sensação de ardência e coceira na área vaginal, geralmente acompanhada por corrimento branco e grosso, mas é facilmente confundido com outros problemas. O tratamento não é difícil, requerendo a utilização de um creme fungicida. Temos aqui uma série de bons motivos para não deixar a prevenção de lado.

Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.



Infarto do Miocárdio e Acidentes Vasculares Cerebrais

Essas complicações ocorrem quando os grandes vasos são afetados, levando à obstrução/estenose (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos –que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e suspender o tabagismo – são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes.

Infarto Agudo do Miocárdio (Angina de Peito)
Essa é uma doença cardiovascular responsável pela principal causa de morte relacionada ao diabetes, não importando o tipo. Sem controle adequado, geralmente surge o estado de hiperglicemia, o que é um fator de risco para doenças do coração.

Além disso, outros fatores predispões a arteriosclerose como a hipertensão arterial, alteração do metabolismo das gorduras (aumento do LDL, aumento dos triglicérides e redução do HDL), tabagismo, obesidade, falta de atividade física e presença de microalbuminúria (proteína na urina).

Esse é um processo que ocorre com as placas de gordura nas principais artérias do organismo (como as coronárias do coração). Com o tempo, essas placas podem se romper, formando coágulos de sangue que levam à obstrução, caracterizando o que chamamos de infarto do miocárdio.

Sintomas de Infarto do Miocárdio Nem Sempre São Iguais

Muitas pessoas com um quadro de infarto apresentam os mesmos sintomas. Contudo, podem aparecer manifestações atípicas: casos com total ausência de dor (infarto silencioso), ou o surgimento de dores em locais fora do tórax, como a parte superior do abdome, ombros, dorso e pescoço. Nesses casos é mais difícil diagnosticar o problema.

Como sempre, o bom controle das taxas glicêmicas, associado ao controle dos outros fatores de risco, pode prevenir o infarto agudo do miocárdio. Além disso, existem medicações que podem promover um efeito protetor. Procure sempre um médico para a melhor avaliação do seu caso.

Recomenda-se que as pessoas com diabetes recebam uma avaliação anual para o risco de doenças no coração. Além do exame clínico com o médico, indica-se a realização dos exames rotineiros dos fatores de risco:

Avaliação do diabetes;
Colesterol, triglicérides;
Pressão arterial.

Também é recomendado a realização de testes para a detecção de isquemia miocárdica.

Acidentes Vasculares Cerebrais ou Obstrução das Artérias das Pernas

Os níveis de gordura nas paredes das artérias podem ficar tão elevados ao ponto de causar o estreitamento da passagem do sangue, acarretando no entupimento completo. Chamamos essa situação de obstrução ou estenose arterial.

Essas gorduras acumuladas podem causar a formação de coágulos que, se levados pela corrente sanguínea, acabam entupindo (oclusão) uma artéria distal (que vem a seguir) de menor diâmetro. Essa interrupção da irrigação pode levar à isquemia, que é a redução da chegada de oxigênio nos tecidos.

Se a oclusão for de uma artéria coronária, a conseqüência será um infarto do miocárdio. Se for de uma artéria que irriga o cérebro, ocorrerá um derrame ou acidente vascular cerebral. Se a oclusão acometer uma das artérias da perna e não for tratada a tempo, pode ocorrer dor durante a caminhada, sensação de frio nas extremidades e, às vezes, até uma amputação por gangrena.

Para evitar esses problemas, o exame clínico é sempre fundamental. O médico pode detectar a redução da pulsação das artérias e sentir a temperatura local por meio de exame clínico. Alguns sintomas são sugestivos desses problemas, tais como dor nas pernas após atividade física (como caminhada), extremidades dos pés frias, episódios de tonturas, etc.

Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Neuropatia Diabética


O sistema nervoso é responsável pelo controle de praticamente tudo o que fazemos. Quando movimentamos os músculos, respiramos, pensamos ou digerimos a comida, os nervos são utilizados como circuitos elétricos orgânicos. São eles que emitem e recebem os sinais no cérebro, que comunicam às outras células as tarefas que devem ser realizadas.

Com a Neuropatia, os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens, emití-las na hora errada ou muito lentamente. Os sintomas irão depender e variar conforme o tipo de complicação e quais os nervos afetados. De forma geral, podemos classificar os sintomas em sensitivos, motores e autonômicos. Exemplos:
Sensitivos: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio;
Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular;
Autonômicos: ocorrência de pele seca, traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.

Infelizmente, o diabetes é a principal causa de Neuropatia. Sua incidência é alta e possui diferentes formas clínicas, tais como:
Polineuropatia distal: uma das formas mais comuns de Neuropatia, que acomete preferencialmente os nervos mais longos, localizados nas pernas e nos pés, causando dores, formigamento ou queimação nas pernas. Tende a ser pior à noite (período onde prestamos mais atenção aos sintomas);
Neuropatia autonômica: causa principalmente hipotensão postural, como a queda da pressão arterial ao levantar-se (tonturas) e impotência sexual. Outros sintomas incluem sensação de estômago repleto após as refeições, distúrbios de transpiração e outros mais raros;
Neuropatia focal: esta é uma condição rara decorrente de danos a um único nervo ou grupo de nervos. Desenvolve-se quando o suprimento de sangue é interrompido devido ao entupimento do vaso que supre aquele nervo. Ou pode ser conseqüência de uma compressão do nervo.

Não é raro que as pessoas apresentem mais de um tipo de neuropatia. A presença desta complicação está muito relacionada ao tempo de duração do diabetes e ao grau de controle glicêmico. Por isso é bom lembrar, mais uma vez, a enorme importância de manter um bom controle da glicemia.

Tratamento

No caso das mononeuropatias podem ser empregadas medidas fisiátricas (fisioterapia) para evitar a compressão dos nervos ou realizar uma descompressão cirúrgica. O controle rigoroso da glicemia é essencial para prevenir o aparecimento ou a piora da neuropatia diabética.

No caso da polineuropatia distal nenhum medicamento, até o momento, é comprovadamente eficaz para a cura, havendo, no entanto, medicações que podem aliviar os sintomas (como a dor e o formigamento). Também é importante prevenir lesões nos pés ou quedas.

Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Pé Diabético


Para as pessoas com diabetes, o pé merece uma atenção especial. Como são vulneráveis a ferimentos, é preciso examiná-los todos os dias. Esse deve ser um hábito, principalmente para aqueles que sofrem de neuropatia. Essa vigilância é necessária porque, não raro, surge um calo em nossos pés, mesmo sem sentirmos dor, quando usamos sapatos.

Assim, a inspeção será baseada na procura de úlceras, calos ou qualquer outro problema visível. Consulte o médico caso haja qualquer preocupação a esse respeito. É possível prevenir as infecções nos pés. Manter um bom fluxo sangüíneo é, também, outro aspecto importante. Para isso, tome medidas que baixem a pressão alta e os níveis de colesterol.

É importante também fazer caminhadas com regularidade ou outro tipo de exercício físico. Vícios como o fumo devem ser evitados. Só para se ter uma idéia, 95% de todas as amputações do pé acontecem em fumantes. É algo traumático, que deve ser evitado.

Contudo, caso aconteça não significa que a pessoa não possa continuar levando uma vida normal. Nem mesmo de caminhar ela fica impossibilitada. O cirurgião removerá o mínimo possível do membro, para facilitar o processo. Após a cicatrização, será colocada uma prótese. Atualmente, os membros protéticos são mais leves e confortáveis do que os modelos do passado. Alguns possuem molas que até permitem que a pessoa corra e pule.

Ulceras do Pé

Uma área machucada ou infeccionada na base do pé pode desenvolver uma úlcera. Seu aparecimento é mais provável quando a circulação é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Leve este problema a sério! Se descobrir que tem úlcera no pé, não deixe para o dia seguinte sua visita ao médico. As camadas de pele são gradativamente destruídas pela infecção criando um buraco, quando a úlcera não é devidamente tratada.





Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.




Retinopatia Diabética


A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares. São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial do problema. Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata.

No caso do tipo 1, não há necessidade de começar os exames assim que a pessoa se descobre com diabetes, pois não possui um histórico de glicemia alta. Sendo assim, o primeiro exame oftalmológico poderá ocorrer após cinco anos de tratamento. Concluído esse período, os exames serão realizados anualmente.

Já no diabetes tipo 2, os exames serão realizados desde o momento do diagnóstico. Isso ocorre porque não é possível identificar por quanto tempo a pessoa permaneceu com altas taxas de glicemia.

Tratamento

O tratamento com a fotocoagulação (realizado com raio laser) tem demonstrado bons resultados na prevenção da perda visual e na terapia de alterações retinais. É indicado para edema de mácula e em situações com hemorragia, tração vítreo-retiniana e descolamento de retina. Naturalmente, estes procedimentos devem ser indicados e realizados pelo médico oftalmologista.



Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.
http://www.diabetes.org.br/

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