terça-feira, 27 de março de 2012

Não fales mal de ninguém




Não fales mal de ninguém


Não fales mal de ninguém

"Não é aquilo que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca é que torna o homem impuro"
Mestre Jesus, o Cristo (Mateus 15,11)


Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Qual a razão última dessa mania de maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.

Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.

Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.

Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor, algo parecido com whisky, gin ou cocaína, que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.

Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes,converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.

Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.

Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste.

Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.

Pense nisso!


Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.

Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.

Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas,

"a boca fala do que está cheio o coração".


Huberto Rohden

Fonte:  http://ideiasdequiron.blogspot.com.br/ 
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A Vida


Siga placidamente por entre o ruído e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio.

Tanto quanto possível, sem sacrificar seus princípios, conviva bem com todas as pessoas.

Diga sua verdade serena e claramente e ouça os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, pois eles também têm sua história.

Evite as pessoas vulgares e agressivas, elas atentam contra o espírito.

Se você se comparar com os outros, pode se tornar vaidoso ou amargo, porque sempre existirão pessoas piores ou melhores que você.

Usufrua suas conquistas, assim como seus planos.

Tenha cautela em seus negócios, pois o mundo está cheio de traições.

Mas não deixe isso cegá-lo para a virtude que existe, muitos lutam por ideais nobres e por toda parte a vida está cheia de heroísmo.

Seja você mesmo. Sobretudo, não finja afeições. Não seja cínico sobre o amor, porque, apesar de toda aridez e desencanto, ele é tao perene quanto a relva.

Aceite com brandura a lição dos anos, abrindo mão de bom grado as coisas da juventude.

Alimente a força do espírito para ter proteção em um súbito infortúnio.

Mas não se torture com fantasias. Muitos medos nascem da solidão e do cansaço.

Adote uma disciplina sadia, mas não seja exigente demais. Seja gentil com você mesmo.

Você é filho do universo, assim como as arvores e as estrelas: você tem o direito de estar aqui.

E mesmo que não lhe pareça claro, o universo, com certeza, está evoluindo como deveria.

Portanto, esteja em paz com Deus, não importa como você O conceba.

E, quaisquer que sejam suas lutas e aspirações no ruidoso mundo da vida, mantenha a paz em sua alma.

Apesar de todas as falsidade, maldades e sonhos desfeitos, este ainda é um belo mundo.

Alegre-se. Lute pela sua felicidade.

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