segunda-feira, 20 de junho de 2011

DOCE DE ABOBORA


DOCE  DE  ABOBORA

AREADO



Com o estômago ainda agradecido pelo tropeirão, é hora de 
adoçar a boca. 

A melhor pedida é a abóbora em calda, feita como se fosse 
uma jóia pela ex-professora de geografia Aurélia Maria
 Figueiredo Corrêa, a dona Netinha. Com toda razão, o 
doce figura no cardápio das delícias de Areado, a 406 
quilômetros de Belo Horizonte, e da região de Furnas. 


Criada em fazenda, dona Netinha aprendeu os segredos 
do tacho e do fogão a lenha com a sua avó e, curiosa, 
aprimorou seus conhecimentos até trilhar o próprio
caminho. 

Deu muito certo. “Antes, eu fazia o tipo cristalizado, mas
 procurei fugir do convencional. Fui testando até obter 
esse resultado”, conta. 

Totalmente artesanal, sem conservantes e substâncias 
químicas, a sobremesa conquista de imediato: tem as 
bordas artisticamente esculpidas, uma cor dourada, 
consistência por fora e maciez por dentro. 

Ao começar a prepará-lo, dona Netinha explica que a 
abóbora moranga não é indicada – só aquela amarela,
 que tem “pescoço”.

Outra providência é o uso da cal virgem, produto 
fundamental para impedir que os pedaços se 
desmanchem na panela. 
Então, mãos à obra. Siga a receita de dona Netinha
 e faça sucesso. 

Como fazer Abóbora em calda



Cortar a abóbora, descascar, tirar as sementes e picar em 
pedaços de cerca de 4 cm x 4 cm. Com uma faca pequena 
ou canivete, decorar as bordas, fazendo uma espécie de 
serrilhado. 

Pôr na água com cal, durante 30 minutos, cobrindo com 
um tecido e mexendo sempre. Tirar da cal, lavar muito 
bem cada pedaço com uma escovinha, em água corrente. 

Com um garfo, fazer dois furos nos pedaços de abóbora, 
um de cada lado, e cozinhar até que fiquem bem macios.
 Escorrer e reservar. Com a água e o açúcar, fazer uma 
calda grossa, quase em ponto de fio. 

Despejar a abóbora, que deve estar na mesma temperatura
 da calda – ambas quentes ou frias – e ferver durante 
20 minutos. Tirar do fogo e deixar num tacho durante 
24 horas, pelo menos. Guardar em vidros esterilizados.

Receita fornecida por Aurélia Maria Figueiredo 
Corrêa, de Areado 

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