Abobrinha - nem verde nem madura
Elas são vendidas por aí bem jovens e verdes (chamadas de abobrinha brasileira) ou totalmente maduras e secas, deliciosas para doce, purê, mingau, quibebe.
Mas quem tem um pé em casa pode usá-las em todas as fases, da flor ao fruto maduro.
É o que se faz lá no sítio em Fartura. E a fase de que mais gostamos é quando está verdolenga, só encontrada assim nas plantações.
Nunca vi uma destas no supermercado. Tem sabor levemente adocicado e a textura começa a perder a coesão e ganhar fibras macias.
A coloração passa do verde-claro para um tênue alaranjado e já começa a se encher de betacarotenos e sabores mais adultos.
A casca imperfeita não atrapalhou em nada seu desempenho na panela
Na salada
Receita da minha mãe:
cortada em pedaços grandes e cozida em bastante água com sal e um pouco de azeite (a água ela usa depois para temperar o feijão).
Com temperos do sítio como tomatinhos, cebola, cebolinha e limão cravo.
Com coxa de peru: refoguei as postas de duas coxa de peru com óleo, sal e pimenta.
Cozinhei por meia hora na panela de pressão com um pouco de água, folhas de louro e de alfavaca e páprica defumada.
Tirei a carne cozida, dourei um pouco no forno e cozinhei no caldo legumes como cenoura, batatas e pedaços da abóbora, cebola e pimentão.
Aos poucos, nesta ordem. Foi nosso jantar no dia de ação de graças, coincidentemente.
No risoto
O risoto fiz com o que tinha em casa. Então nem precisam chamá-lo de risoto para não ofender ninguém.
Baseado no livro Risotto de Judith Barret e Norma Wasserman.
Amoleci meia cebola picada em 2 colheres (sopa) de manteiga, juntei 1,5 xícara de arroz arbóreo sem lavar, mexi bem por um minuto.
Joguei por cima 1/4 de xícara de vinho santo (pecado mortal, porque não tinha outro branco) e deixei evaporar.
Juntei aos poucos (meia xícara de cada vez) 5,5 xícaras de infusão de ervas aromáticas (nada mais que água fervida com salsa e seu talo, manjericão, tomilho, alecrim e alguma coisa mais que tinha no quintal - por minha conta, porque não tinha caldo) e 1,5 colher (chá) de sal.
Continuei mexendo por cerca de 18 minutos, quando foi colocada a última porção de água.
À parte, aqueci 1 colher (sopa) de azeite e refoguei 250 g de shimeji, até murchar. Juntei 250 g de abóbora ralada e esperei murchar.
Temperei com pitada de sal e de pimenta-do-reino e juntei ao risoto com duas colheres (sopa) de queijo parmesão ralado.
Mexi e espalhei salsinha picada por cima. O adocicado da abóbora casou muito bem com o vinho santo e todo mundo ficou feliz. Deu para 4 porções.
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