domingo, 15 de maio de 2011

Como fazer polvilho em casa

Como fazer polvilho em casa

Ainda não fui viajar. Pensei que era terça, mas é quarta. 

Então, depois de ter feito deste espaço meu divã, e estar
 muito mais tranquila graças a tantas palavras de 
incentivo dos leitores, me desculpo voltando ao tema comida. 

E, enquanto ainda está fresco, já que editamos ontem 
(minha amiga Inês Correa e eu), deixo aqui o vídeo 
sobre como fazer polvilho em casa.
O post mostrando tudo está em "Da mandioca ao 
polvilho e à tapioca", mas acho que no vídeo
 fica mais claro. 

Também já postei o vídeo como fazer beiju tapioca 
a partir do polvilho seco - que é este que você vai
 fazer em casa ou comprar. 
De qualquer forma, para qualquer dúvida que ainda 
tenha depois de ver os dois vídeos talvez encontre 
resposta no post linkado.
Inventei esta moda de extrair o polvilho usando o
 liquidificador quando, muitos anos atrás, meu pai
 colheu muita mandioca, todas duras pra cozinhar. 

Minha mãe disse que poderíamos fazer polvilho 
ralando as mandiocas. Comecei assim, mas depois
 de tirar uns bifes dos dedos, decidi tentar bater no
 liquidificador e coar em pano. 

Num instantinho bati tudo. O resto foi fácil e, como 
diz a Inês, eu tenho mãos que não vacilam. 

Grandes e fortes como as da minha avó e do meu pai, 
prontas para espremer alguns quilos de mandioca 
triturada e extrair o máximo possível de seu amido.
Você pode estar se perguntando porque diabos fazer 
polvilho em casa sendo o industrializado tão barato
 no mercado. 

Também não sei. Mas, como saber não ocupa espaço, 
pelo menos o vídeo pode servir para os interessados 
descobrirem de onde vem o polvilho do pão de 
queijo e da tapioca. 

Ou, sei lá, você mora ou vai morar na Europa, onde
 é difícil de encontrar polvilho mas não mandiocas 
enceradas africanas, por exemplo, e morre de 
vontade de comer pão de queijo ou beiju de tapioca. 

Pronto, seus problemas estarão resolvidos com um 
simples liquidificador, um pano e um pouco de sol 
na janela. Bem, fica aí a sugestão a quem interessar
 possa.
Como mostro lá no post linkado, se você quiser pode 
usar um mínimo de água para bater a mandioca ou, 
melhor ainda, ralar, e aproveitar o caldo como tucupi
 (embora o original seja feito com mandioca brava 
que lhe confere um certo ar amendoado, o feito com
 mandioca   doce também fica muito bom) ou para a
 pimenta, como me ensinou Eliana 

- na terra dela, lá no sertão da Bahia, usam este
 caldo com um pouco de cachaça para curtir e 
conservar as pimentas. 

Levei o vidro cheio para o sítio no fim do ano e
 não durou dois dias.

Pimentas limpas e sem os cabinhos no vidro, sal, 
o caldo da
 mandioca e um pouco de cachaça (1/8 deste vidro,
 mais ou 
menos). 

Para conhecer a cachaça Marvada e a doce Neide
 que a produz, veja o vídeo que gravei com as próprias.
À bientôt!

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