quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Probióticos 1 e 2 973






....  Probióticos 1:  Conservas de leite    973



coisinhas azedas do bem



Por mais tecnológico que esteja o mundo, algumas 
tradições bem antigas se mantêm intactas. 


Uma delas é produzir e consumir alimentos conservados
 ou transformados através da fermentação lática, como 
pão, vinho, cachaça, cerveja, chocolate, coalhada, queijo, mostarda, chucrute, missô, picles e outras felicidades do paladar.


Japoneses comem diariamente vários tipos de conserva. 
Missô e shoyu, na sopa e nos vegetais, substituem o sal
 e fazem parte da rotina; 

são resultado de soja fermentada.

 Nabo em conserva também é diário, no final da refeição, 
para limpar o tubo digestivo junto com o chá quente. 

Eles se protegem especialmente com a ameixinha salgada chamada umeboshi. 

Que é muito ácida ao natural, mas fica um ano e meio 
de molho em seu próprio caldo, com sal, e então pode
 ser usada contra indisposição, dor de cabeça, de 
garganta, de barriga.

 Comeu ou bebeu demais?


A gripe está encostando? 

Seu poder desintoxicante  já salvou muitas vidas. 
Além disso, é um excelente tempero em saladas.

Sólidas ou líquidas, as conservas dão show. 
Mantêm todas as vitaminas do alimento cru e suas
 enzimas, que ajudam em todos os processos de 
transformação da comida, e promovem o crescimento


de lactobacilos, bactérias simpáticas que limpam os
intestinos e dão qualidade à flora, aumentando a
 imunidade.

Em suma:    certas conservas botam ordem no corpo. 
E o melhor  de tudo? 
É que a gente gosta.


Coalhada e iogurte, por exemplo, quase todo
 mundo adora.
 Ao natural, o leite de vaca costuma causar
 uma série de problemas digestivos e alergias, 
além de ser produzido com hormônios e
antibióticos; mas é só fermentar que ele se torna 
benéfico para a maior parte das pessoas, 
se consumido com moderação.


Chucrute, feito de repolho fermentado com sal, outra preciosidade.

Poderoso alimento e remédio há milênios, é hoje
 reconhecido pela medicina como agente decisivo 
contra câncer, diabetes e outras doenças crônicas e degenerativas.


 Combate fungos.

Comer vegetais em conserva caseira é uma forma
 muito boa de equilibrar qualquer tipo de alimentação, especialmente a mais pesada. 

Não é por acaso que salsichas são servidas 
tradicionalmente com mostarda e ketchup,
 ambos conservas.


Mas há um pequeno detalhe que faz a diferença:
os processos industriais quase sempre eliminam
 a fermentação viva, e sem ela o valor medicinal 
é zero. 

Pior: vinagre de álcool e aditivos químicos, como
 corantes e conservantes, agridem o organismo
e destroem a flora intestinal.

 Ou seja, bom é fazer as conservas
em casa. 

Com produtos orgânicos, já que aditivos químicos
muitas vezes sabotam a fermentação.


É simples? 
Bastante. 
Fácil? 
Também.
 Onde é que pega? No fato de que as coisas nem 
sempre saem tão bem quanto da vez anterior. 

A boa conserva é fruto do encontro perfeito entre os
ingredientes, o tempo, a temperatura, a luz, o sal, 
o fermento, a pessoa, a vasilha e os imprevistos.


Meia dúzia de vidros de boca larga, com tampa;
meio metro de filó; dois ou três paninhos de fralda;
 elásticos ou barbantes: eis
o equipamento básico.


Ah, e uma boa chaleira para ferver bastante água 
e esterilizar bem todos os vidros.

conservas de leite

 O leite é riquíssimo em açúcar, no caso lactose, 
e bactérias amam açúcar, portanto leite é seu paraíso. 
Toda cultura tem um leite fermentado.

 O sabor varia conforme os micróbios da região, no
caso do leite cru, e da semente que se transmite de mão
 em mão, como é o caso dos grãos do kefir caucasiano, 
do tara tibetano, do koumiss russo, do iogurte iugoslavo
 que se espalhou pela Ásia Menor e pela Europa.


 Cá na terra é natural a coalhada, trazida pelos 
portugueses, bem como as vacas leiteiras que não
 existiam por aqui. 


O leite de cabras e ovelhas  também pode ser
 fermentado, geralmente com vantagens em
termos de digestão, assimilação e pureza, pois
 é mais comum seu tratamento ser orgânico.


Frank Kosikowski, cientista alimentar da Cornell 
Univesity, EUA, classifica o leite fermentado em 
quatro tipos. 


O primeiro apresenta fermentação dupla: 


lática e alcoólica, inclui kefir e koumiss.
O segundo é altamente ácido, geralmente só com
 Lactobacillus bulgaricus. 

O terceiro é medianamente ácido, produzido só com
Lactobacillus acidophilus, que acidifica lentamente 
e pouco. 


quarto é pouco ácido, caso da coalhada e do 
creme azedo.

Hoje em dia a maior parte das sementes de iogurte 
combina pelo menos duas bactérias diferentes – 
uma altamente ácida e outra baixa, que modera 
a acidez do produto final.


coalhada


Uma tigela de leite cru, orgânico, largada na pia,
 acidifica naturalmente sob a ação de bactérias 
como Streptococcus lactis e S. cremoris, e vira 
coalhada. 

Mais ou menos assim: o leite começa a se degradar 
pela ação de suas próprias bactérias, fazendo o soro 
se desprender da caseína, a proteína do leite, que 
coagula; 

no coágulo se desenvolvem lactobacilos que se
alimentam da lactose e produzem ácido lático, que
 age como conservante das proteínas do leite e
 demais nutrientes, o que inclui preciosas enzimas.


 Esse leite não pasteurizado produz por si os 
lactobacilos acidófilos que vão predominar na
 coalhada, neutralizando outras bacté-rias 
e micróbios.

 É isto que continuarão fazendo no tubo digestivo.

O creme que se junta na superfície é
 delicadamente azedo, o famoso creme fraiche francês.
 Uma iguaria.




coalhada de leite cru, orgânico


deixar o leite em vasilha de louça ou vidro, 
coberto por um pano,
até coalhar. 

Isso pode levar de 24 a 72 horas,
 dependendo do clima e da temperatura. 



O leite faz tudo sozinho:

coagula, fermenta, vira coalhada, soro e queijo.

1 litro de leite = 1 litro de coalhada (com soro)
coalhada de leite pasteurizado

é preciso usar como fermento um pouco 
de coalhada ou iogurte

prontos que tenham lactobacilos vivos.
1 litro de leite de vaca ou cabra
1/2 xícara de coalhada ou iogurte

Quando ambos estiverem na temperatura ambiente, 
misture em vasilha de louça ou vidro, cubra com
 um pano e deixe fermentar
de 12 a 24 horas.

A coalhada fica pronta quando o leite está coagulado,
 o soro já aparecendo nas beiradas, e o sabor é levemente
 ácido.

Pode transferir para recipientes menores, de vidro 
com tampa. 


iogurte


O iogurte é leite quase fervido e acidificado por 
bactérias de proliferação controlada, como 
Streptococcus thermophilus, Lactobacillus
yogurtii, L. bulgaricus, L. acidophillus e L. bifidus.

Você pode comprar no comércio se na embalagem 
estiver escrito “contém lactobacilos vivos”, ou fazer 
em casa com leite comum e lactobacilos em pó
 encontráveis em lojas de produtos naturais.


Se preferir comprar nos Estados Unidos, onde
esses produtos são muito baratos, procure por 
yogurt starter.




iogurte caseiro


1 litro de leite, cru ou pasteurizado, de vaca ou cabra
1/2 xícara de bom iogurte, ou
1 pacotinho de Bio Rich ou outra marca de fermento

Leve o leite ao fogo, mexendo sempre para não
 grudar na panela, até ele se agitar mostrando 
que vai ferver;
 apague o fogo e deixe o leite arrefecer até mais 
ou menos 42-45oC.


Se você não tem um termômetro, pode medir 
a temperatura com o dedo: 

o leite deve estar nem tão quente que queime o dedo,
nem tão morno que possa mexê-lo. 

Ou seja, na temperatura chamada esperta. 
Nessa hora é que você vai misturar meia xícara
de iogurte pronto ao novo leite.

Se for usar lactobacilos em pó: dissolva à parte com 
um pouco do leite morno; misture ao restante mexendo 
bem para dissolver totalmente e disponha em uma
 vasilha grande ou várias pequenas.


Tempo de fermentação ideal: 

24 horas. 

As iogurteiras elétricas
dizem 8 horas – nem sempre suficientes para 
a transformação total da lactose.

 Fora delas, tem que manter o leite morninho no
forno pré-aquecido, em caixa de isopor ou garrafa 
térmica.

A quase fervura do leite serve para eliminar 
as bactérias naturais, reduzindo a competição com os lactobacilos, e dá ao iogurte uma textura considerada
 melhor.


o sabor é azedo mesmo

Porque o ácido lático, como diz o nome, é ácido, azedo.

 Mesmo quem a princípio não gosta acaba se
 acostumando.

Seja coalhada ou iogurte, é para tomar sempre de
 estômago vazio, sem misturar com outros alimentos 
e sem adoçar, a não ser
com estévia.


tomar à temperatura ambiente

Produtos do leite, mesmo fermentados, são de natureza
 fria e costumam produzir umidade e muco; se estiverem 
gelados ainda roubarão calor do corpo.

 Morninhos ou à temperatura ambiente
são mais benéficos. 

Por isso, tire da geladeira o que vai tomar pelo menos
 duas horas antes; se não der tempo, coloque em
banho-maria – dentro de uma caneca, em água bem
 quente, o fogo apagado, por 2 ou 3 minutos apenas, 
mexendo com uma
colher até amornar.


temperos picantes neles

Canela, cravo, noz-moscada, gengibre, cúrcuma,
 cominho, pimenta-do-reino, cardamomo, zimbro,
 cebolinha-verde, alho, mostarda: todos são usados
 para ajudar na digestão dos laticínios.


queijo de coalhada / boursin | DIETA SUAVE
Forre uma vasilha com um pano de prato ou fralda. 

Despeje a coalhada, junte as quatro pontas de pano 
e amarre, torcendo um pouquinho.

 Pendure sobre a vasilha para continuar colhendo o
soro, ou pouse sobre uma peneira, coador, funil ou
 qualquer outra coisa furada que não seja de alumínio.

 Depois de algumas horas, terá um queijinho caseiro 
de fermentação leve, rico em lactobacilos, que pode 
ser usado enquanto estiver fresco.

Conserva-se por mais tempo com sal e ervas, 
coberto por azeite virgem de oliva.


Quando comer, fique de olho nos sintomas. 
Podem piorar.
soro de coalhada ou iogurte

Quando o leite é acidificado, suas proteínas sólidas 
se aglutinam e as solúveis ficam no soro, o líquido meio transparente que se separa do coalho – naturalmente 
ou por drenagem, como na receita do queijo, acima. 


As proteínas do soro são mais fáceis de
digerir e já vêm com cadeias ramificadas
 de aminoácidos, prontos para reconstruir músculos, 
por isso é que os atletas adoram.


O melhor modo de consumir o soro é bebê-lo ao natural, 
para obter lactobacilos e enzimas. 

Não obstante, em muitos países se faz sopa cozinhando
 vegetais, como batata e abóbora, no soro.

Ele é um ótimo tempero ácido para saladas, 
vegetais crocantes e cereais germinados ou cozidos. 

Uma de suas melhores virtudes é
dar mais qualidade às conservas de vegetais.




a seguir: conservas de vegetais e frutas




Probióticos 2:  Conservas de Vegetais, de frutas & bebidas vegetais  lactofermentadas

Conservas de vegetais

A maior parte dos vegetais serve para fazer conservas:


 repolho,
pepino, 
cenoura, 
gengibre,
nabo, 
rabanete, 
beterraba, 
gengibre,
cebola, 
cebolinha, 
alho, 
abobrinha, 
quiabo, 
maxixe, 
folha de uva, 
couve-chinesa e muitos outros. 

Temperinhos tradicionais para conservas:
cravo, cardamomo, canela, alho, gengibre, pimentas,
ervas aromáticas, sementes de cominho, coentro,
mostarda, zimbro. 


Invente, experimente!


no missô

Encha um pote de louça ou cerâmica com missô até 
a metade
e coloque lá dentro cenourinhas, nabos, pepino japonês
 ou pequeno (cornichon) em pedaços.

 Feche com um filó. 
Depois  de 5 dias pode guardar na geladeira 
e começar a comer.


em salmoura

2 litros de água sem cloro
100g de sal

Logo cedo aqueça a água até quase ferver;

 apague o fogo, misture
o sal e deixe esfriar.

Prepare os vegetais, lavando e cortando como quiser,
 se quiser cortar, e coloque nos vidros de boca larga,
 sozinhos ou misturados, com temperos ou não.

Quando a salmoura estiver fria, cubra com ela os 
vegetais, mantendo livres 3cm no alto do vidro 
e amarrando  um pano de  fralda, gaze ou filó para
 tampar. 

Deixe 48 horas à temperatura ambiente. 

Tire qualquer nata ou mofo que aparecer, tampe
 bem e guarde na geladeira. 
Já pode começar a comer.

Ideal para cebolas inteiras, rabanetes, pepinos 
e cenouras pequenos, nabos, brócolis, couve-flor.



em água, sal & soro 

O sal ativa e controla a fermentação, o ácido lático 
do soro do leitetambém. 

A combinação é um sucesso.

medidas de água Variam. 
O líquido deve cobrir os sólidos e ultrapassar 2 dedos.


medidas básicas de vegetais, sal & soro

para 1/2 quilo de vegetais,
2 colheres (sopa) rasas de sal marinho, ou
1 de sal e
4 de soro caseiro de iogurte ou coalhada



repolho: chucrute


500g repolho
2 colheres/sopa rasas de sal marinho
1 colher/sopa sementes de cominho

Corte bem fininho o repolho; coloque com o sal 
numa vasilha resistente e soque com um pilão
 de madeira durante dez minutos ou mais, até juntar
 um caldo suficiente para cobri-lo bem.


Transfira tudo para um pote de boca larga, junte uma 
colher de sopa rasa de sementes de cominho, misture
 e aperte tudo para o fundo, de modo que o repolho fique sempre coberto por dois dedos de caldo. 

Tampe o vidro, deixe três dias na temperatura
ambiente e então guarde na geladeira.
 Já pode ser comido, mas  melhora à medida que 
amadurece.


Importante: manter vazio um espaço de dois dedos
 no alto do vidro para o gás da fermentação. 

Caso apareça espuma, ou mofo, simplesmente retire. 
Eles não comprometem a conserva.


nabo daikon

500g de nabo daikon ralado
2 colheres (sopa) rasas de sal marinho, ou
1 de sal e
4 de soro caseiro de iogurte ou coalhada

Repita o método do chucrute.

O nabo daikon ajuda muito a digestão e é comum 
em casas e restaurantes japoneses, preparado de 
vários modos. 

Diurético e descongestionante, sua conserva é 
especialmente  rica em lactobacilos.



gengibre


500g de gengibre
2 colheres (sopa) rasas de sal marinho, ou
1 de sal e
4 de soro caseiro de iogurte ou coalhada
água sem cloro, aquecida até quase ferver, já fria

Descasque e corte o gengibre em fatias finíssimas; 
repita o método de socar até juntar caldo.

 Coloque no pote, aperte, cubra com a mistura 
de água, soro e sal.

 Se for necessário,
acrescente água. 
Deixe 3 dias à temperatura ambiente, tampe e
guarde na geladeira.

Este gengibre não é doce como o do restaurante
 japonês. 


cenoura e gengibre

4 xícaras de cenoura ralada
1 colher/sopa de gengibre fresco ralado
3 colheres (sopa) rasas de sal marinho
O procedimento é o mesmo da conserva 
de gengibre.



couve-chinesa


1k de couve-chinesa
4 colheres (sopa) rasas de sal marinho (40g)

Lave e escorra bem as folhas, polvilhe com sal
 e coloque sobre elas uma tábua com um peso
 de 3k ou mais, para que soltem seu sumo. 

Quando estiverem submersas, pode retirar 
o peso e transferir para um vidro, com o líquido,
 enrolando as folhas em charutinhos.


Em três dias a conserva fica pronta. 
Prove; lave antes de servir se
achar muito salgada.


kimchi


1 repolho de tamanho médio
250g de nabo daikon
1 colher/sopa rasa de sal
3 xícaras de água sem cloro

1 colheres (sopa) de gengibre fresco
 bem picadinho

1 dente de alho também picadinho
1 cebola picada

1 colher/chá de pimenta vermelha picadinha
1 colher/chá de mel

Corte o repolho em quadrados de 4cm, fatie o
 daikon e misture ambos com sal e água numa
 vasilha grande,  onde vão repousar durante
 a noite. 

De manhã remova repolho e daikon e coloque
num pote de louça ou vidro, de boca larga;
 junte os outros   ingredientes; cubra com o 
líquido até chegar a dois dedos da borda.

 Tampe com um pano e deixe fermentar de
 três a sete dias.


Guarde na geladeira em vidros pequenos, bem
 fechados. 

Esta receita é tradicional das Coreias do Norte 
e do Sul, onde se ensina a não perturbar as 
conservas sem necessidade.

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Conservas de Frutas


limão com canela

400g de limão orgânico
3 pedaços de canela em pau
100ml de sumo de limão

3 colheres (sopa) rasas de sal marinho
2 colheres (sopa) de soro de leite caseiro

Corte os limões em fatias bem finas e depois
 em quartos. 
Coloque no pote de boca larga com o sal e a
 canela e soque um pouco para liberar o caldo. 

Acrescente o sumo de limão misturado ao soro 
e cubra com ele os limões de modo que o líquido
 ultrapasse em dois dedos os sólidos.

Tampe bem e deixe à temperatura ambiente
 por 2 semanas, virando o pote todos os dias. 
Guarde na geladeira e descarte a polpa
quando for usar.



umeboshi / ameixa salgada japonesa 

É um rápido e poderoso regularizador do pH do 
tubo digestivo. 
fruta é a umê (Prunus mume) ainda verde. 
Riquíssima em ácido cítrico, deve ficar no sal 
por um ano e meio, geralmente com folhas de 
shissô (Perilla frutescens), para se tornar benéfica.

Quando comprar, guarde durante um ano para
 ter certeza de sua eficácia medicinal. 

E despreze serenamente a data de validade.

Umeboshi, shoyu e missô, quanto mais velhos,
 melhores.



Fazendo Umeboshi em casa


4k de umê verde
600g de sal marinho (15%)
1 balde plástico
1 prato que se encaixe bem no balde
1 pano para cobrir
1 peso de 8 quilos

Coloque no balde, lavado e enxugado, a umê verde
 – limpa, sem o cabo e sem a tampinha – e bem seca, 
porque água estraga  conservas. 

O sal por cima.
 Então a outra bacia, furada, encaixada
na primeira. 

Aí um pano cobrindo as duas, até porque ficou um
vão entre uma e outra, e o peso por cima de tudo, 
que é para as  ameixas soltarem seu caldo.

Depois de um mês aparecem no mercado as folhas
 de shissô
vermelho. Então, compre

4 maços de shissô vermelho e
2 colheres/sopa de sal.

Lave as folhas de shissô, polvilhe o sal e esprema
 com as mãos.
Dispense a água vermelha que sai e coloque as
 folhas, com as umês e seu caldo salgado, em potes 
grandes de boca larga. 

São as folhas de shissô que dão a cor avermelhada
 à umê.




limãoboshi e tamarindoboshi

Com limões orgânicos e tamarindos, igualmente 
ricos em ácido cítrico, se faz o mesmo tipo de 
conserva, com efeitos   semelhantes ao da umeboshi.




banchá com umeboshi 


Faça o banchá fervendo as folhas por três a
 cinco minutos e deixe em infusão mais dez. 

Desmanche uma umeboshi na caneca, sirva
o banchá por cima e tome bem quente quando 
tiver algum desconforto digestivo, indisposição, 
resfriado, dor de cabeça.

Para uma desintoxicação leve e rápida, use 
banchá com umeboshi à noite e ao levantar
 durante 3 dias.



umeboshi carbonizada


O carvão pode ser um grande companheiro no
 tratamento da cândida, por absorver as toxinas 
predatórias  que ela produz.

Ajuda a conter o crescimento dos fungos e a 
minorar a sensação de mal-estar quando se vão.

Umeboshi carbonizada – no forno, na frigideira 
ou na chama  do fogão, espetada num garfo – 
é como carvão vegetal ativado,
com excelentes propriedades desintoxicantes. 

Toma-se o carvãozinho de umê, bem socado até 
,virar pó, com uma xícara de banchá quentinho
 ou só água quente.

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bebidas vegetais lactofermentadas


O tempo de fermentação das bebidas lactofermentadas
 pode variar de 48 a 72 horas, dependendo da 
temperatura ambiente e do grau de acidez desejado.

 Sabe-se que fermentou quando começam a vir pequenas borbulhas à superfície. 

Daí em diante ficarão cada vez mais ácidas se o frio não impedir.


rejuvelac de trigo e outros grãos

250g de trigo orgânico em grão
ou qualquer outro cereal orgânico
água filtrada (sem cloro)
1 vidro de boca larga de 1 litro, com tampa
1 pedaço de filó para cobrir a boca do vidro
1 elástico para prender o filó

Lave e deixe os grãos de molho na água durante a noite, 
com o filó na boca do vidro, sem tampa.

De manhã lave duas ou trê vezes e coloque o vidro de
 boca para baixo para escoar toda a água.


O filó impede a saída dos grãos e eles vão começar
 lentamente a brotar. 
Lave duas ou três vezes por dia.

Depois de 48 horas, quando já estiverem aparecendo
 os germes, lave bem e complete o vidro com água 
filtrada,  fechando com o filó.

Deixe à temperatura ambiente por 48 horas e coe. 

O líquido, um tanto amarelado e opaco, com sabor 
suave e levemente ácido, é o rejuvelac. 
Guarde em vidro tampado na geladeira.


Os grãos ainda podem mais dois litros sucessivos
 de rejuvelac, cada qual fermentando por 24 horas
 à temperatura ambiente.




suco de repolho fermentado


1/4 de repolho orgânico
1 colher de chá de sal
1/4 de xícara de soro de coalhada ou iogurte
água filtrada sem cloro
1 vidro de 1 litro com boca larga

Corte o repolho bem fininho, soque um pouco
 com pilão de madeira só até ele soltar algum 
sumo e coloque tudo no vidro com o sal, o soro 
e a água filtrada.

Feche o vidro com a tampa e deixe 48 a 72 horas
 à temperatura ambiente, até ver que fermentou.
 Depois, geladeira.

Deste é para ir tomando copinhos ao longo do dia.


sobre o repolho 

Muito usado em medicina popular, externa 
e internamente.
Rico em vitamina C e enxofre, limpa as mucosas
 intestinais e evita uma infinidade de problemas
 infecciosos e inflamatórios.


kvass de beterraba

2 beterrabas médias ou 4 pequenas, orgânicas
1 colher de chá de sal
1/4 de xícara de soro de coalhada ou iogurte
água filtrada sem cloro

1 vidro de 1 litro com boca larga
Cortar as barbelas da beterraba, escovar debaixo
 da torneira e picar com faca (não ralar nem usar o processador).

Colocar as beterrabas picadas, o soro e o sal no vidro e completar com água filtrada.

Mexer, tampar bem e manter à temperatura ambiente
 por 48 a 72 horas; então guardar na geladeira.

Coar e servir. 
Tomar 2 xícaras por dia, antes das refeições.


sobre esta receita 


Estava pesquisando sobre gordura & candidíase 
no livro Eat  fat, lose fat, de Mary Enig e Sally
 Fallon, da Weston A. 

Price  Foundation, quando me deparei com 
o seguinte texto: “Christine sofreu com candidíase 
muitos anos (...) e começou a tomar o kvass de beterraba, 
uma xícara antes de cada refeição. 

Os resultados foram mágicos. 
Os sintomas de cândida desapareceram
imediatamente e a fadiga também.”

Kvass é uma bebida fermentada de origem russa,
 geralmente feita a partir de um pedaço de pão seco, 
ou da própria massa crua do pão.


 Refresca, alimenta e é muito popular. 
Tem sido amplamente usado na Europa em terapias 
contra o câncer. 

Depoimentos  indicam que é excelente contra fadiga 
crônica, sensibilidade a  produtos químicos, alergias 
e problemas digestivos.



O kvass de beterraba tem “extraordinários poderes
 curativos:

grande tônico do sangue, promove a regularidade
 intestinal, ajuda a digestão, limpa o fígado, equilibra 
o pH do sangue e é um bom tratamento para pedras 
nos rins”.

É gostoso, levemente salgado, e a cor é linda.
 A sensação de bem-estar é imediata.

sobre a beterraba

É muito rica em folacina, potássio, magnésio 
e enxofre.

A folacina, ou ácido fólico, faz parte do complexo
 B e é a vitamina antissenil por excelência.

 Faz diferença em unhas, cabelos, medula óssea,
 sistema imunológico, células vermelhas e algumas
membranas mucosas que dependem diretamente 
dela.


O potássio contribui para a transmissão dos impulsos 
nervosos, o controle das contrações musculares do 
esqueleto e a normalidade da pressão sanguínea.

 Interage com o sódio (no caso o sal do kvass) no 
equilíbrio dos fluidos corporais e participa do
metabolismo de carboidratos e proteínas. 

Também é antissenil.

O magnésio trabalha com o fósforo para fixar o 
cálcio nos ossos e nos dentes e permite que toda
 a musculatura do corpo relaxe após uma contração.

 Regula o aproveitamento de diversas
vitaminas, inclusive do complexo B.

O enxofre é antibiótico natural, desintoxicante,
 antioxidante e radioprotetor. 

Limita e desativa isótopos radiativos e metais
 pesados como cádmio, chumbo e mercúrio. 
Desintoxica fígado e rins.




água benta de feijão-fradinho


Receita simplérrima, enviada por Simone
 Campello ao blog Deixa sair.

 Melhora muito os sintomas genitais da candidíase
 nos primeiros dias. 

Ela diz que ficou curada para sempre, mesmo
 bebendo cerveja.

1/2 copo de feijão-fradinho
água filtrada para completar

Cobrir e deixar de molho à noite.

Coar e tomar de manhã, em jejum, por no mínimo
 quinze dias.

A UFPE, Universidade Federal de Pernambuco, 
já fez todos os
estudos genéticos no fradinho, também chamado 
feijão-caupi,  e constatou que ele dá um ótimo 
remédio de uso externo, provavelmente em spray, 
para “afecções ginecológicas” .

Fonte:  http://candidiaseapraga.blogspot.com.br/


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