segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

REVERTER MAL DE ALZHEIMER




Medicamento reverte rapidamente 
efeitos do Mal de Alzheimer





Reversão do Mal de Alzheimer

Cientistas norte-americanos estão festejando uma descoberta que parece ser um dos mais importantes avanços no campo das neurociências nos últimos anos.

Usando um medicamento já aprovado, Paige Cramer e uma equipe coordenada a partir da Universidade Case Western (EUA) conseguiram reverter os danos patológicos, cognitivos e de memória causados pelo surgimento do Mal de Alzheimer.

Eles usaram um medicamento chamado bexaroteno, usado há mais de 10 anos no tratamento de alguns tipos de câncer, sobretudo no câncer do sistema linfático.

E os resultados de seu uso contra o Mal de Alzheimer foram muito além do esperado.

Bexaroteno

Camundongos que receberam o bexaroteno apresentaram uma rápida reversão no quadro clínico com relação aos efeitos gerados pelo Alzheimer.

O Mal de Alzheimer surge em grande parte pela incapacidade do corpo em eliminar do cérebro fragmentos de proteínas naturais, conhecidas como beta-amiloide.

Em 2008, o professor Landreth Gary, coordenador deste estudo, descobriu que o principal carreador de colesterol para o cérebro, a abolipoproteína (ApoE), facilita a remoção das proteínas beta-amiloide.

O grupo agora decidiu verificar se o bexaroteno era capaz de aumentar a expressão da ApoE. A elevação dos níveis da ApoE, por sua vez, acelera o processo de remoção das proteínas beta-amiloides do cérebro.

O bexaroteno atua estimulando receptores conhecidos como RXR, que controlam quanta beta-amiloide é produzida.

Ação rápida

Os cientistas ficaram particularmente surpresos com a velocidade com que o bexaroteno reverteu as perdas de memória e os problemas de comportamento.

Apenas seis horas após a administração da droga, os níveis de beta-amiloides solúveis, que se acredita serem as causadoras dos danos na memória no Alzheimer, caíram em 25%.

Mais da metade das placas foi eliminada em até 72 horas, e a redução final do tratamento chegou a 75%.

"Esta é uma descoberta sem precedentes," disse Cramer. O melhor tratamento disponível até agora para tratar o Alzheimer em camundongos exige vários meses para reduzir as placas no cérebro."

O próximo objetivo da pesquisa é verificar como será o funcionamento do medicamento em humanos.

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